" Sente o sangue pulsar, sabendo que está vivo. Enquanto vivo ficar, pensando estará"

quarta-feira, 28 de março de 2012

Os operários da Terceira Revolução

Presenciamos, finalmente, a chegada do futuro. Um futuro tão esperado por aqueles que dão todo o seu suor, que trabalham sem sessar. Um futuro onde o ser Humano interage diretamente com a tecnologia, compõem o seu corpo, faz parte do seu sistema. Sistema esse que transforma o homem, mais uma vez, em uma engrenagem. Engrenagem da evolução, eu diria. Por cima das pequenas guerras e conflitos, surge o tédio maior. Surgem as dúvidas, surgem as descrenças. Afinal, por quê é que a nova geração é taxada como uma geração sem brilho? Por quê é que olham no fundo dos olhos dos jovens, e dizem que estes não vão a luta, não revolucionam? Rotulam-nos como preguiçosos, fatigados, indispostos de tentar mudar a situação deplorável à qual o próprio ser Humano impulsivo se submeteu. Cobram um diploma, cobram conhecimento. Sabe por quê isso ocorre? Pela instalação da comodidade. As revoluções trouxeram evolução, e agora, regressão. Os Intelectuais esperam  revoltas, novas guerras mundiais, novas guerras frias, mas esquecem de considerar que passamos por um período de transação, onde as fontes de energia estão variando, onde as crises econômicas se expandem e o domínio do cenário mundial pende cada hora para um lado. Lutar não vale a pena. A evolução é inevitável, e junto, a sofisticação dos produtos. Quanto mais nos aproximarmos do visado 'futuro', maior vai ser a ambição material... Maior vai ser o poder bélico... Maior vai ser o poder econômico... Porém, menor vai ser o poder humano, e digo o poder de ser Humano. Ser racional. Ser valoroso.

E quando a revolta dos operários da Terceira Revolução se expandir; Quando os revolucionários, mascarados, se voltarem contra o sistema; Quando os exércitos apontarem as armas contra as próprias nações... Voltaremos para as épocas de instabilidade, e então, nós, os operários de uma época tediosa, poderemos presenciar toda a devastação da guerra que não vimos, e pensar:

 "Era isso que eles esperavam de nós?"

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