Ele era casado. Ela era uma amante. Se conheceram no bar, afinal, nada mais social do que uma tequila, amigos em comum e um bom papo de carnaval. Ele ia ser pai. Ela, era a outra. Não se conheciam, mas a atração era tão intensa que enquanto a sua conversa subliminar desenrolava, seus olhos se relacionavam com um fogo que por si só, jamais sessaria. Sua esposa era educada, filha de família rica, estudava direito. Ela tinha seu caso com um médico, mas os rótulos já não são mais importantes do que as verdadeiras fórmulas dos remédios. Ele se sentia solitário e infeliz, incompleto e insatisfeito. Ela não se dava ao luxo de se sentir de qualquer maneira distinta, visto que a sua vida se resumia nos amores carnais de uma vida superficial comprada por um diploma.
Seu amor ascendeu. Transcendeu. No olhar quente e intenso de uma mesa de bar. Não há assunto que acabe, e se acaba, não há problema... Essa troca de olhares substituiria dezenas de poesias, centenas de fábulas, milhares de cronicas ou horas e horas de cantigas de amor. Não, nenhuma dessas hospeda dentro de si tamanha carnalidade. Cigarros acesos. Mais uma dose de Whisky, por favor. Servidos do melhor. Paixão de bar, paixão noturna. Selva de luzes, essa cidade é fascinante. No som dos violinos pode-se notar a importância do ambiente, que transforma tudo em preto. Olhavam fixamente, um para o outro. Não era amor a primeira vista, era paixão interminável à segunda, terceira, quarta, décima vista. Era carnal, era superficial. Ele teria nela, o que não tinha em sua mulher. Ela procuraria nele o que tentou achar na vida inteira. Seria só mais um? Bela noite essa, encerrada nos lençóis de um motel qualquer.
De manhã ele se foi, mas ela já não estava mais lá. O que era outrora tão intenso, agora, parecia não ter mais sentido. Ela se foi.
Ele amanheceu casado, e ela amanheceu amante. Nada mudou.
Seu amor ascendeu. Transcendeu. No olhar quente e intenso de uma mesa de bar. Não há assunto que acabe, e se acaba, não há problema... Essa troca de olhares substituiria dezenas de poesias, centenas de fábulas, milhares de cronicas ou horas e horas de cantigas de amor. Não, nenhuma dessas hospeda dentro de si tamanha carnalidade. Cigarros acesos. Mais uma dose de Whisky, por favor. Servidos do melhor. Paixão de bar, paixão noturna. Selva de luzes, essa cidade é fascinante. No som dos violinos pode-se notar a importância do ambiente, que transforma tudo em preto. Olhavam fixamente, um para o outro. Não era amor a primeira vista, era paixão interminável à segunda, terceira, quarta, décima vista. Era carnal, era superficial. Ele teria nela, o que não tinha em sua mulher. Ela procuraria nele o que tentou achar na vida inteira. Seria só mais um? Bela noite essa, encerrada nos lençóis de um motel qualquer.
De manhã ele se foi, mas ela já não estava mais lá. O que era outrora tão intenso, agora, parecia não ter mais sentido. Ela se foi.
Ele amanheceu casado, e ela amanheceu amante. Nada mudou.
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