" Sente o sangue pulsar, sabendo que está vivo. Enquanto vivo ficar, pensando estará"

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Sky's not the edge

Não tenho medo da morte. Não da minha. Temo os seus reflexos, me questiono sobre "como vai ser a vida daqueles que viveram comigo e viverão sem mim". Temo a falta que farei à eles, temo ser esquecido. Quero fazer algo para ser notado. Eu não queria ser imortal, mas queria ser eterno. Eterno como ideologia, eterno como música, eterno como palavras, eterno como criatividade, desenhos, textos, enfim. Tenho medo da solidão, da minha solidão, e da solidão daqueles à quem deixo o desgosto da minha partida. Queria acreditar que posso assistir à sua conduta, queria acompanhar o seu crescimento, queria ver todos se tornando pessoas melhores... Mas há tão pouco tempo. A vida é curta e SEMPRE nos decepciona. Nunca, ninguém morre feliz ou satisfeito, pois todos tem vontade de estar perto daqueles que amam, daqueles à quem cativam. Então eu me questiono se isso realmente vale a pena. Será que o ato de viver não é um processo lento de auto-mutilação? Será que constituir uma vida e basear-se nas falhas, derrotas, sofrimentos, felicidades e todas as outras experiencias para tornar-se alguém melhor, alguém de valor, não é superestimar algo que só vai nos levar para o caixão?

Não, eu não vou para nenhum tipo de concepção de pós-vida quando as cortinas se fecharem, mas vou para um lugar melhor. Não fisicamente, não espiritualmente. Eu vou viver na cabeça de todos que acompanharam os meus passos, vou assombrar as memórias de todos aqueles que me viram vivo. Vou estar vivo neles, enquanto eles estiverem vivendo. E sendo assim... Seria mesmo, o céu digno de nos limitar? A Vida digna de nos impedir de sonhar? A Morte digna de nos impedir de voar?
O Medo digno de nos parar?
Não, pelo menos não à mim.
Então, o céu é o limite? Só se for o seu.

Se os Deuses e divindades individuais de cada pessoa resolvessem se reunir em algum universo paralelo para decidir o futuro da humanidade, o meu faltaria... Ainda não me dei ao luxo de morrer.

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